10 de julho de 2015

Canção para Mónica


Desde quando eu te vi
Tudo ficou mais lindo:
A rua, a lua, o sol no céu luzindo.
Olhando teu olhar,
Ouvindo a tua voz
Chego a não crer,
A me surpreender, feliz, sorrindo.

Estrela singular
Da luz do amor nascida.
Anti eclipse lunar da minha vida.
A cada passo teu
Segue meu coração,
Por entre os móveis,
Calçadas, parques e avenidas.

Viva cada instante, viva cada momento,
Proteja da razão teu sentimento.
Tente ser feliz enquanto
A tristeza estiver distraída.
Conte comigo
A cada segundo dessa vida.

E o tempo vai passar
Ao longo dessa estrada.
Novas histórias lhe serão então contadas.
E você vai crescer,
Sonhar, sorrir, sofrer
Entre vilões, moinhos, dragões e poucas fadas.


Só porque te AMO


Amar é abrir o coração
É entregar ao mundo uma vida
Acompanhar de perto e sorrir
Estender a mão,dar um abraço...
Mostrar que estamos perto
É simplesmente entender o outro
Saber ganhar e perder
Amar é libertar, deixar voar
Agarrar quando necessário
Amparar e acarinhar
Hoje dói-me o peito
Sinto um vazio
Por amar, rendo-me ao teu querer
Contrariada e magoada
Fico feliz por ti
Por te querer bem
Por amar, dou-te o meu consentimento
Deixo-te partir
Realizar um desejo
O teu sorriso é a minha alegria
A tua felicidade preenche o meu vazio
Por amar, estarei sempre a teu lado
Estejas certo ou errado
Tudo tem um sentido meu amor
Meu filho, porque estás feliz!
Estarei sempre de braços abertos
Por te amar, deixo-te sonhar!
Continuarei a ser o teu amparo.
Como vais acordar sem eu te chamar?
Vais tomar sempre o pequeno-almoço?
Vamos ter de nos habituar a menos mimos!
Por te amar, prometo sorrir!


Síndrome do Ninho Vazio


A Síndrome do Ninho Vazio é definida, em linhas gerais, como o sofrimento devido à perda do papel e da função dos pais pela saída dos filhos de casa. Normalmente são acompanhadas de alguns sintomas: sentimento de solidão, desamparo, isolamento e tristeza. Não se deve ver esta sintomatologia como doença ou transtorno, deve antes ser entendida como um quadro comum e característico deste período.
 Normalmente os sintomas envolvidos nesta síndrome são pontuais, ou seja, deixam de se manifestar aos poucos e isso ocorre quando se estabelece uma nova rotina familiar. É claro que é preciso atenção à extensão destes sintomas e, caso se prolonguem excessivamente e tragam prejuízos para a vida social e familiar, é preciso procurar apoio.

Alguns factores podem ser agravantes na Síndrome do Ninho Vazio, por exemplo, quando o afastamento dos filhos coincide com o período de menopausa da mãe, que por si só já causa alterações hormonais e emocionais que podem afectar o humor. Ou quando ocorrem em simultâneo com outras situações de perda ou de mudanças significativas.

Outro factor a ter em conta é a personalidade ou mesmo as vivências de cada indivíduo. A sua maneira de experimentar e lidar com a separação ou com as mudanças de rotina podem ser facilitadoras ou, por outro lado, dificultar a separação. É também importante perceber quais os motivos que levaram à separação e a maneira como esta separação ocorreu, pensando que além dos motivos mais banais, como início de faculdade, casamento, ou outros, também pode ocorrer por morte ou discussão, o que pode tornar o processo ainda mais doloroso.

Para o casal, esta fase de mudança de casa dos filhos pode ser uma verdadeira prova de fogo ao relacionamento. Uma relação positiva ajudará a superar melhor e mais depressa a situação enquanto que uma relação mais conflituosa e pouco consistente será um obstáculo a mais a ter em conta.
A segunda situação ocorre porque alguns casais, depois de terem filhos e ao longo dos anos, “desaprendem” de conviver sozinhos, ou seja, apenas na companhia um do outro, diminuindo a comunicação entre si e voltando todas as atenções apenas para a criação dos filhos e manutenção do lar. Assim, quando os filhos se mudam, o casal precisa reaprender a conviver de forma quase instantânea, sendo mais uma situação nova para lidar que agrava ainda mais a ansiedade da separação.

Uma boa dica então é não deixar a comunicação do casal arrefecer, mesmo quando os filhos ainda são pequenos, pois assim o exercício da convivência será mais natural e fácil de ser mantido mesmo após anos e também após mudanças importantes na rotina. Invista sempre na relação com seu parceiro, independente de os filhos já terem saído de casa ou não: reservem um dia na semana para um programa a dois, façam coisas que ambos gostem, prestem atenção às necessidades do outro, cuidem de seu visual.

Outras dicas para lidar com a Síndrome do Ninho Vazio:
  • Executar antigos projectos, coisas que você gostaria de ter mais tempo para fazer e antes não conseguia, exactamente para se sentir útil em outras actividades e não focar apenas na perda da função materna ou paterna. Acima de tudo, estes novos projectos devem trazer prazer. Faça uma lista de tudo o que deseja realizar e se dedique a isso.
  • Atenção com o cuidado pessoal, como práticas de exercícios físicos, alimentação equilibrada e cuidados estéticos. Todos estes hábitos contribuem não só para a saúde do corpo, mas também da mente, auxiliando no equilíbrio emocional.
  • Adoptar um bichinho de estimação pode ser uma boa ideia, já que eles são óptimas companhias e exigem cuidados.
  • Cuide da relação com seus filhos, estimulando a independência e mostrando que você apoia esta nova fase que eles estão vivendo. Procure evitar ligações ou visitas excessivas, o que pode soar como invasão de privacidade e falta de confiança nas escolhas que eles fazem agora sozinhos. Diminua as cobranças e os temidos “sermões” e estimule agora a amizade entre vocês.
Veja a mudança dos filhos como algo positivo, um momento em que eles terão a oportunidade de colocar em prática tudo o que aprenderam em casa. Confie e apoie as escolhas deles.