29 de fevereiro de 2016

Leap day


Esta é uma tradição irlandesa e bem engraçada.  Acredita-se que em ano bissexto, as mulheres podem inverter o jogo e pedir o homem em casamento no dia 29 de fevereiro. E além disso, o pedido de casamento não pode ser recusado.

Isso tudo começou com uma conversa entre os santos padroeiros da Irlanda, Santa Brígida e o também bispo São Patrício, sobre o dilema das mulheres que passavam a vida a espera de um pedido de casamento. No começo do século XIII este padroeiro decidiu solucionar o problema, e permitiu que as mulheres fizessem o pedido no dia 29 de fevereiro. Outro facto curioso é a obrigatoriedade de usarem uns calções. Desde então a brincadeira tornou-se famosa e com data marcada para 29 de fevereiro.

Mudar


Há alturas na vida em que só precisamos de mudar de atitude. Ter essa coragem. Sair um bocadinho da nossa zona de conforto e permitir que o principio também possa ser meio e tempo de maturação. Desejar que o fim seja só o dos livros e dos filmes que nos fazem sonhar e suspirar, aceitar que não estamos sempre certos, que a razão não está sempre do nosso lado e que a vida não é sempre boa e cor de rosa. Interiorizar que mudar não é desistir, pelo contrário, mudar implica força e muita coragem. E juntar o ingrediente mais difícil de todos: acreditar!


25 de fevereiro de 2016

No talho



A miúda tem 3 anos, mais coisa menos coisa. Entramos no talho e pergunta:
. O que é isto?
- É carne - diz-lhe a mãe
- O que é carne? 
- São animais
 Olha, olha e pergunta preocupada:
- Porque não se mexem?
- Porque estão mortos - responde-lhe a mãe.
...
 Dois meses depois continua sem comer carne porque não quer comer animais mortos.
Pois!


23 de fevereiro de 2016

Solidão



Decides ir almoçar com o filho a um grande centro comercial, escolhes lugar ao lado de um Senhor idoso e cinco minutos depois o idoso dirige-se a ti. Para não seres mal educada e, até porque gostas mesmo de conversar, seja com quem for, respondes, e a partir daí lá se vai o momento mãe/ filho. A refeição é toda acompanhada pelas histórias do teu vizinho, desde o aniversário da morte da mãe (fazia 20 anos que a Senhora tinha falecido), o namoro com a mulher, a ida para a tropa, a guerra, o trabalho, os filhos, as dificuldades da vida, a reforma, o cancro que o consome, o tabaco que foi obrigado a deixar, a viuvez, enfim, toda uma vida de alegrias e tristezas, de vitórias e angústias, contada, de forma apressada, a uma estranha que calhou parar para o escutar. Quando me levanto agarro-lhe na mão para me despedir dizendo-lhe que gostei muito daquele bocadinho e que lhe desejo as maiores felicidades e ele retém-me a mão, mais tempo do que o necessário, e o coração torna-se pequenininho perante a percepção que ele quer apenas prolongar uns segundos mais algum calor humano, algo que há muito não tem com certeza. Fico triste, muito triste!

22 de fevereiro de 2016

Mulher perfeita


Ás vezes questiono-me que tipo de mundo, de sociedade é esta que quer que as mulheres sejam perfeitas. Têm de cozinhar, coser, estudar, trabalhar, serem boas esposas, mães e amantes, andarem no ginásio e terem um corpo perfeito, saber línguas e ter cultura para discutir minimamente qualquer assunto que surja na conversa, desde história, cinema, geografia, política, economia e ainda devem gostar de futebol, conhecer vinhos e gostar de cerveja.

Que sociedade é esta que exige tanto?


19 de fevereiro de 2016

Lições de vida


A vida é curta. Quando damos por isso já passou e olhando para trás vemos que perdemos tempo desnecessariamente. Procuramos a liberdade e chateamo-nos por tudo e por nada, com coisas sem importância e nada disso faz sentido. Um dia, acordamos e percebemos que nada disso importa. Que o importante é sermos nós próprios. O importante é amarmo-nos e deixarmos de lado o medo, as inseguranças e as duvidas mais ou menos existenciais.
Procuramos no outro a felicidade que deve vir de dentro e esperamos que ela nos dê de forma mágica o que somos incapazes de ser e depois zangamo-nos quando isso não acontece. Temos de tentar crescer espiritualmente e alcançar a paz que procuramos. Temos de treinar a gratidão pelo que temos e somos em vez da lamúria pelo que desejamos. Temos de agir, fazer, pedir. Temos de tomar em mãos o nosso futuro. Temos de viver.


18 de fevereiro de 2016

Adictos ao namoro


Há pessoas que são verdadeiros adictos aos sentimentos de paixão que o namoro provoca. Quase toda a gente gosta de conhecer alguém, de flirtar, de se sentir desejado, mas existem outras razões que levam a que algumas pessoas sejam eternos Don Juan e que saltitem de uma relação para outra com enorme facilidade e leviandade. Explicamos isso como sendo uma adicção pela fase do namoro. O namoro é uma fase em que todo o organismo se encontra como que num estado de alerta geral, activo, com adrenalina e sensações intensas tanto a nível intelectual devido à atracção e idealização do outro, como a nível biológico e fisiológico. No entanto, estas sensações iniciais desencadeadas pelo estado de paixão e enamoramento vão diluindo-se com o passar do tempo e dão lugar a um estado mais sereno em que dominam os sentimentos de carinho, ternura, amor e empatia. Mas há pessoas que pensam que estar numa relação significa estar sempre aquele estado inicial de paixão, exacerbado e intenso e quando a intensidade diminui e o estado geral do organismo serena acreditam que a relação acabou e vão de novo à procura dessas sensações noutra pessoa. São na verdade adictos à adrenalina da paixão e desenvolvem verdadeiras incapacidades de se manterem numa relação séria.


17 de fevereiro de 2016

Toda a gente me conta tudo


Toda a gente me define como alguém de confiança, um bom amigo e bom ouvinte, que sabe escutar e a quem se pode recorrer em caso de necessidade e que dá bons conselhos quando é preciso. Sinto-me bem e orgulhoso com isso, mas às vezes é demais. Ninguém se interessa por mim ou pelos meus próprios problemas, ninguém me telefona e me pergunta se estou bem ou se preciso de alguma coisa, ninguém me dá espaço para desabafar. Sinto-me desgastado, sobrecarregado e usado por toda a gente. Que faço?
Esta foi a pergunta e o tema de uma sessão de terapia.
Ainda que alguém tenha características altruístas e seja de facto um bom ouvinte é necessário que a pessoa perceba que não tem de desempenhar esse papel de confidente sempre e com toda a gente. As relações, sejam elas de amizade, familiares ou amorosas, devem basear-se na reciprocidade e se tal não acontece, então, alguma coisa não está bem e deve ser alterada. No entanto, o problema não está nos outros mas na própria pessoa que para se sentir incluída na relação se deve incluir. Se só ouve e não partilha, se só escuta e não fala e, se ainda por cima se sente mal com isso, deve fazer algo para alterar a situação.


16 de fevereiro de 2016

Sobrevivir, existir e vivir


No seu novo livro, Pamela Fuller, desmistifica muitos dos mitos que ainda existem sobre a psicose e tenta uma nova abordagem que combina a profundidade teórica com uma nova metodologia terapêutica, mais prátic,  e estruturada em 3 fases: sobreviver, existir e viver. Não conheço tradução em português mas lê-se muito bem na versão original, em espanhol-


15 de fevereiro de 2016

A árvore da vida dos amigos




Existem pessoas nas nossas vidas que nos fazem  felizes  pela simples casualidade de terem cruzado o nosso caminho.
Algumas percorrem o caminho a nosso lado, vendo  muitas luas passar, mas outras apenas vemos entre um passo e outro.
A todas chamamos amigos e há muitas classes deles.
Talvez  cada  folha de  uma árvore represente um dos nossos amigos.
O primeiro que nasce é o nossos amigo Pai e a  nossa  amiga Mãe, que  nos mostram o que é a vida.
Depois, vêem os amigos Irmãos, com quem dividimos o  nosso espaço para que possam florescer como nós.
Passamos a conhecer toda a família de folhas a quem  respeitamos e desejamos o bem.
Mas, o destino apresentamos a outros amigos, os  quais não sabíamos que iriam cruzar-se no nosso caminho. A muitos de eles  chamamos-lhes  amigos da alma, do coração. São sinceros, são verdadeiros. Sabem quando não estamos bem, sabem o que nos faz feliz.
E ás vezes um desses nossos amigos da alma estala no nosso coração e então chamamos-lhe um amigo namorado. Esse dá brilho aos nossos olhos, música aos  nossos lábios, saltos aos nossos pés.
Mas também há aqueles amigos de passagem, talvez umas férias  ou  uns dias   ou umas horas.  Eles colocam-nos sorrisos no rosto durante o tempo   que  estamos  com  eles.
Falando do assunto, não podemos esquecer os amigos distantes,  aqueles  que  estão na "ponta das ramas" e que quando o vento sopra,  sempre  aparecem  entre uma folha e outra. O tempo passa, o  Verão  vai-se,  o Outono  aproxima-se e perdemos algumas das nossas   folhas,  algumas  nascem  noutro Verão e outras permanecem por muitas estações.
Mas o que nos deixa mais felizes, é que as  folhas que caíram  continuam junto, alimentando a nossa raiz com alegria. São  recordações  de momentos maravilhosos de quando se cruzaram no nosso caminho.
Desejo-te, folha da minha árvore, paz, amor, sorte e prosperidade.
Hoje e sempre...Simplesmente porque cada pessoa que  passa na nossa vida é única. Sempre deixa um pouco de si e leva um pouco de  nós.
Haverá os que levam muito, mas não haverá os que não  nos deixam nada.
Esta é a maior responsabilidade da nossa vida e a  prova evidente de que duas almas não se encontram por casualidade."

12 de fevereiro de 2016

As vantagens do sexo



Dependendo da duração e da intensidade da relação sexual, é possível perder entre 100 e 300 calorias em 30 minutos – o equivalente a 20 minutos de corrida.


11 de fevereiro de 2016

6 mitos sobre o stress



Toda a gente fala deste monstro da actualidade mas nem sempre com conhecimento de causa e há seis mitos muito comuns:
  • - O stress é igual para toda a gente -Totalmente falso. o que stress uma pessoa pode não stressar outra e cada um de nós responde ao stress de forma muito particular
  • O stress é sempre negativo - Pois, não é, um pouco de stress é até essencial a uma vida saudável
  • Há stress em todo o lado e não há nada que possamos fazer contra isso - Muito pelo contrário, podemos todos planear a nossa vida e condicionar a nossa forma de pensar para não sermos sobrecarregados. É importante estabelecer prioridades e resolver os pequenos problemas do dia a dia para que não ganhem grandes dimensões
  • As melhores técnicas para reduzir o stress são as mais populares - Não existem técnicas perfeitas e universais e as que estão na moda podem não ser as indicadas para nós. Temos de explorar diversas respostas e depois fixarmo-nos no que nos faz sentir bem.
  • Não há stress se não houver sintomas - A ausência de sintomas não significa ausência de stress. Podem estar camuflados com medicação, por exemplo, e quando se fizerem sentir pode ser já demasiado tarde
  • Só os sintomas de stress mais graves exigem tratamento - Este é um dos erros mais comuns e mais perigosos, desvalorizar sintomas menores como as dores de cabeça ou a acidez no estômago. Estes primeiros sintomas são chamadas de atenção para o facto de estarmos a gerir mal o stress e devem de alerta para mudarmos alguma coisa 


10 de fevereiro de 2016

Eu já...


Eu já tentei esquecer algumas pessoas, Mas descobri que essas são as mais difíceis de se esquecer...
Eu já cai de bicicleta..
Eu já servi de consolação..
Eu já brinquei de barbie..
Eu já brinquei de carrinho..
Eu já chorei ao ver amigos partindo, mais depois descobri que logo chegam novos e que a vida é mesmo um ir e vir sem razão...
Eu já cortei meu cabelo mais do que queria..
Eu já chorei por alguém..
Eu já ri de de várias pessoas ...
Eu já viajei com meus amigos..
Eu já abracei com ódio..
Eu já fui estúpida..
Eu já tive cólicas..
Eu já inventei desculpas para faltar a um compromisso..
Eu já me molhei à chuva..
Eu já me zanguei com os meus pais ....
Eu já prometi e não cumpri..
Eu já chorei por um brinquedo..
Eu já sei o valor do que se perde..
Eu já perdi amigos por parvoíces..
Eu já me queimei na panela..
Eu já ri para não chorar..
Eu já me cortei..
Eu já ignorei..
Eu já me senti ignorada..
Eu já sei o que  é certo e o que não é ..
Eu já sei que nem sempre eu faço o certo..
Eu já peguei conchinhas na praia..
Eu já dormi chorando..
Eu já brinquei de ser feliz..
Eu já me fiz de vítima..
Eu já tive gripes de ficar de cama..
Eu já tive momentos secretos..
Eu já rolei na relva e na areia ..
Eu já comi demais por estar angustiada..
Eu já precisei de atenção..
Eu já condenei sem ter autoridade..
Eu já me chateei por telefone..
Eu já tentei ser o que eu não sou..
Eu já achei que tudo era para Sempre..
Mas descobri.. que o "Para Sempre".. SEMPRE acaba

9 de fevereiro de 2016

A saudade mata



Um recente estudo publicado nos Estados Unidos mostra que nas pessoas que vivem sozinhas ou que se sentem sós há um aumento de 14% de morte prematura. Estas pessoas vêm as defesas do seu sistema imunitário diminuírem, ficando dessa forma mais susceptíveis a apanhar doenças infecciosas que as fragilizam ao ponto de as matar antes do tempo.

E nós com tanta gente de idade abandonada e a viver sozinha e sem verdadeiramente assumirmos medidas de intervenção social. Por falta de dinheiro, dizem. E de técnicos especializados. E de vontade, digo eu. Haja paciência.


8 de fevereiro de 2016

Autismo e antidepressivos


A Universidade de Montreal publicou um estudo recentemente segundo o qual tomar antidepressivos durante a gravidez aumenta em 87% o risco de autismo. Este estudo tem uma grande importância porque sabemos que, na Europa, entre 3 e 10% das grávidas tomam este tipo de medicação.
Está-me cá a parecer que a próxima geração vai sofrer imenso desta patologia, e então se a isso juntarmos os comportamentos anti sociais que estamos a desenvolver com esta coisa das redes sociais e o pouco convívio face a face, o perigo é grande.


5 de fevereiro de 2016

Explicando o inexplicável


No início dos tempos, reuniram-se todos os sentimentos e qualidades dos homens num lugar da Terra.
Quando o Aborrecimento já se queixava pela terceira vez, a Loucura, como sempre tão louca, propôs-lhes:
- Vamos brincar às escondidas?

A Intriga levantou a sobrancelha intrigada, e a Curiosidade, sem poder conter-se, perguntou:
- Escondidas? Como é isso?
- É um jogo, explicou a Loucura, em que eu fecho os olhos e começo a contar de um a um milhão, enquanto vocês se escondem, e quando eu tiver terminado de contar, o primeiro que encontrar ocupará o meu lugar para continuar o jogo.

O Entusiasmo dançou seguido pela Euforia, a Alegria deu tantos saltos que acabou por convencer a Dúvida e até mesmo a Apatia.
Mas nem todos quiseram participar, a Verdade preferiu não se esconder...para quê? Se no final todos a encontravam? A Soberba opinou que era um jogo muito tonto (no fundo, o que a incomodava era que a ideia não tivesse sido dela), e a Cobardia preferiu não se arriscar.

- Um, dois, três, quatro... - começou a Loucura a contar. A primeira a esconder-se foi a Pressa, que como sempre caiu atrás da primeira pedra do caminho.

A subiu ao céu e a Inveja escondeu-se atrás da sombra do Triunfo, que com seu próprio esforço tinha conseguido subir na copa da mais alta árvore.

A Generosidade, quase não conseguia esconder-se, pois cada local que encontrava, parecia-lhe maravilhoso para alguns de seus amigos: se era um lago cristalino, ideal para a Beleza. Se era uma árvore, ideal para a Timidez se esconder na sua copa, se era o voo de uma borboleta ou uma rajada de vento, magnífico para a Liberdade. E assim, acabou por esconder-se num raio de sol.

O Egoísmo, ao contrário, encontrou um local muito bom desde o início. Ventilado e cómodo, mas apenas para ele.

A Mentira escondeu-se no fundo do oceano (mentira, na realidade, escondeu-se atrás do arco-iris) e a Paixão e o Desejo, no centro dos vulcões.

O Esquecimento, não me recordo onde se escondeu, mas isso não é o mais importante.

Quando a Loucura estava já pelos 999999, o Amor ainda não tinha encontrado um local para se esconder, pois já todos estavam ocupados, até que encontrou uma roseira e, carinhosamente, decidiu esconder-se entre as suas flores.

- "Um milhão", contou a Loucura e começou a busca.

A primeira a aparecer foi a Pressa, apenas a três passos de uma pedra.

O Egoísmo, nem teve que o procurar! Ele saiu disparado sozinho do seu esconderijo, que na verdade era um ninho de vespas.

De tanto caminhar, sentiu sede, e ao aproximar-se de um lago, descobriu a Beleza. A Dúvida foi mais fácil ainda, pois encontrou-a sentada sobre uma cerca sem decidir de que lado se esconder. E assim, foi encontrando-os a todos.

O Talento entre a erva fresca, a Angústia, numa cova escura, a Mentira atrás do arco-íris (mentira, estava no fundo do oceano) e até o Esquecimento, que já se tinha esquecido que estava a brincar ás escondidas.

Apenas o Amor não aparecia em local nenhum... A Loucura procurou atrás de cada árvore, por baixo de cada rocha do planeta e em cima das montanhas!

Quando estava a ponto de se dar por vencida, encontrou um roseiral, pegou uma forquilha e começou a mover os ramos, quando, no mesmo instante, escutou-se um doloroso grito.

Os espinhos tinham ferido o Amor nos olhos. A Loucura não sabia o que fazer para desculpar-se. Chorou, chorou, implorou, pediu perdão e até prometeu ser seu guia.

Desde então, desde que pela primeira vez se brincou as escondidas na Terra...

..o Amor é cego, e a Loucura acompanha-o sempre!


 Autor: desconhecido

 

4 de fevereiro de 2016

Lições de vida


Aprendi que se aprende errando
Que crescer não significa fazer aniversário
Que o silêncio é a melhor resposta, quando se ouve uma bobagem
Que trabalhar significa não só ganhar dinheiro
Que amigos a gente conquista mostrando o que somos
Que os verdadeiros amigos sempre ficam com você até o fim
Que a maldade se esconde atrás de uma bela face
Que não se espera a felicidade chegar, mas se procura por ela
Que quando penso saber de tudo ainda não aprendi nada
Que a Natureza é a coisa mais bela na Vida
Que amar significa se dar por inteiro
Que um só dia pode ser mais importante que muitos anos
Que se pode conversar com estrelas
Que se pode confessar com a Lua
Que se pode viajar além do infinito
Que ouvir uma palavra de carinho faz bem à saúde
Que dar um carinho também faz...
Que sonhar é preciso
Que se deve ser criança a vida toda
Que nosso ser é livre
Que Deus não proíbe nada em nome do amor
Que o julgamento alheio não é importante
Que o que realmente importa é a Paz Interior
E finalmente, aprendi que não se pode morrer, para se aprender a viver...



 

3 de fevereiro de 2016

Contigo aprendi



Contigo aprendi
Que existem novas dimensões da alegria
Contigo aprendi
A conhecer todas as minhas fantasias
Aprendi
Que uma semana dura mais de sete dias
Que há coisas lindas que eu ainda não sabia
Felicidade foi contigo que aprendi
A ver a luz na face escura dessa lua
Contigo aprendi
Não há presença que eu trocasse pela tua
Aprendi
Que um beijo pode ser mais doce e mais profundo
Que se amanhã eu for embora deste mundo
As coisas boas foi contigo que eu vivi
Contigo aprendi
Que eu só nasci no dia em que te conheci


2 de fevereiro de 2016

Se



Se és capaz de manter a tua calma quando
Todo o mundo ao teu redor já a perdeu e te culpa;
De crer em ti quando estão todos duvidando,
E para esses no entanto achar uma desculpa;
Se és capaz de esperar sem te desesperares,
Ou, enganado, não mentir ao mentiroso,
Ou, sendo odiado, sempre ao ódio te esquivares,
E não parecer bom demais, nem pretensioso;

Se és capaz de pensar --sem que a isso só te atires,
De sonhar --sem fazer dos sonhos teus senhores.
Se encontrando a desgraça e o triunfo conseguires
Tratar da mesma forma a esses dois impostores;
Se és capaz de sofrer a dor de ver mudadas
Em armadilhas as verdades que disseste,
E as coisas, por que deste a vida, estraçalhadas,
E refazê-las com o bem pouco que te reste;

Se és capaz de arriscar numa única parada
Tudo quanto ganhaste em toda a tua vida,
E perder e, ao perder, sem nunca dizer nada,
Resignado, tornar ao ponto de partida;
De forçar coração, nervos, músculos, tudo
A dar seja o que for que neles ainda existe,
E a persistir assim quando, exaustos, contudo
Resta a vontade em ti que ainda ordena: "Persiste!";

Se és capaz de, entre a plebe, não te corromperes
E, entre reis, não perder a naturalidade,
E de amigos, quer bons, quer maus, te defenderes,
Se a todos podes ser de alguma utilidade,
E se és capaz de dar, segundo por segundo,
Ao minuto fatal todo o valor e brilho,
Tua é a terra com tudo o que existe no mundo
E o que mais --tu serás um homem, ó meu filho!

 "If", de Rudyard Kipling, em tradução de Guilherme de Almeida