30 de abril de 2015

A atitude é tudo!


Na vida temos que ter atitude.
O João era o tipo de homem que qualquer pessoa gostaria de conhecer.
Estava sempre de bom humor e tinha sempre qualquer coisa de positivo para dizer.

Se alguém lhe perguntasse como estava, a resposta seria logo:
- Cada dia melhor ... !!!
Era um gerente especial, os empregados seguiam-no de restaurante em restaurante, só por causa da sua atitude. Era um motivador nato: se um colaborador tinha um mau dia, o João dizia-lhe sempre para ver o lado positivo da situação.

Fiquei tão curioso com o seu estilo de vida. que um dia perguntei-lhe:
- João, como podes ser uma pessoa tão positiva o tempo todo? Como é que consegues isso?
Respondeu-me:
- Cada manhã, ao acordar, digo para mim mesmo: "João, hoje tens duas escolhas, podes ficar de bom humor ou de mau humor, e escolho ficar de bom humor." Cada vez que algo de mau acontece, posso escolher fazer-me de vítima ou aprender alguma coisa com o ocorrido: escolho aprender algo. Sempre que alguém reclama, posso escolher aceitar a reclamação ou mostrar o lado positivo da vida.
- Certo, mas não é fácil - argumentei
- É fácil... - disse-me o João. - A vida é feita de escolhas. Quando examinas as coisas a fundo, há sempre uma escolha. E cabe-te escolher como reagir às situações: escolhes como as pessoas afectarão o teu humor. É tua a escolha de como viver a tua vida.
Nunca mais me esqueci do que o João me disse, e lembrava-me sempre dele quando fazia uma escolha.

Anos mais tarde soube que o João cometera um erro, deixando pela manhã a porta de serviço aberta, e foi surpreendido por assaltantes.
Dominado, enquanto tentava abrir o cofre, a mão, tremendo com o nervosismo, desfez a combinação do segredo. Os ladrões entraram em pânico, dispararam e atingiram-no.
Por sorte, foi encontrado a tempo de ser socorrido e levado para um hospital.
Depois de 18 horas de cirurgia e semanas de tratamento intensivo, teve alta, ainda com fragmentos de balas alojadas no corpo.

Encontrei-o mais ou menos por acaso passado um tempo, e quando lhe perguntei como estava, logo me respondeu com o seu habitual ar bem disposto:
- Óptimo, se melhorar estraga!
Contou-me o que tinha acontecido, e perguntou se queria ver as suas cicatrizes.
Recusei-me a ver os seus ferimentos, mas perguntei-lhe o que lhe tinha passado pela cabeça na ocasião do assalto.
- A primeira coisa que pensei foi que devia ter trancado a porta das traseiras, respondeu:
- Então, deitado no chão, ensanguentado, lembrei-me que tinha duas escolhas: poderia viver ou morrer. Escolhi viver!!
- Não tiveste medo?  -perguntei
- Olha, os paramédicos foram óptimos, diziam-me que tudo ia dar certo e que eu ia ficar bom. Mas quando cheguei à sala de emergência e vi a expressão dos médicos e enfermeiras, fiquei apavorado: nas expressões deles eu lia claramente: Esse aí já era...
- Decidi que tinha de fazer algo.
- E o que fizeste?? perguntei:

- Bem, havia uma enfermeira que fazia muitas perguntas. Perguntou-me se eu era alérgico a alguma coisa. Eu respondi que sim. Todos pararam para ouvir a minha resposta. Tomei fôlego e gritei: "Sou alérgico a balas!!" Entre a risota geral, disse-lhes: "Eu escolho viver, operem-me como um ser vivo, não como um morto!!"
O João sobreviveu graças à persistência dos médicos, mas, também graças à sua atitude.
Aprendi que todos os dias temos a opção de viver plenamente e tomar decisões, pois serão essas atitudes que trarão benefícios agora e para a eternidade.
Afinal de contas ...
... A ATITUDE É TUDO ...

Agora tens duas opções...

Exercicios mentais # 8

TEXTO COM NÚMEROS

Aqui está mais um divertido teste que demonstra como o nosso cérebro é fantástico. Neste texto em que números e letras se misturam, o que aparentemente tornaria impossível a sua leitura, o nosso cérebro facilmente se adapta e compreende o que lhe é pedido. Ponha-se à prova e confira.





28 de abril de 2015

Frases que ganharam imortalidade

 
 
 
Uma selecção de frases que ficaram célebres e que nos proporcionam alguns momentos de entretenimento. (Obrigada M. pela partilha).

Estar vivo é o contrário de estar morto. - Lili Caneças

Nós somos humanos como as pessoas. - Nuno Gomes, SL Benfica

Quem corre agora é o Fonseca, mas está parado. - Jorge Perestrelo

Inácio fechou os olhos e olhou para o céu! - Nuno Luz (SIC)

O meu coração só tem uma cor: azul e branco. - João Pinto, antigo capitão do FC Porto

A China é um país muito grande, habitado por muitos chineses... - Charles de Gaulle

Lá vai Paneira no seu estilo inconfundível... (pausa) ...mas não, é Veloso. - Gabriel Alves

Juskowiak tem a vantagem de ter duas pernas! - Gabriel Alves

É trágico! Está a arder uma vasta área de pinhal de eucaliptos. - jornalista da RTP

Um morreu e o outro está morto. - Manuela Moura Guedes

Prognósticos só depois do jogo. - João Pinto (FCP)

Antes de apertar o pescoço da mulher até à morte, o velho reformado suicidou-se. - João Cunha, testemunha de crime

Quatro hectares de trigo foram queimados. Em princípio trata-se de incêndio. - Lídia Moreno (Rádio Voz de Arganil)

O acidente foi no tristemente célebre Retângulo das Bermudas. - Paulo Aguiar (TV Globo)

O acidente fez um total de um morto e três desaparecidos. Teme-se que não haja vítimas. - Juliana Faria (TV Globo)

Os antigos prisioneiros terão assim a alegria do reencontro para reviver os anos de sofrimento. - Maria do Céu Carmo, psiquiatra

À chegada da polícia, o cadáver encontrava-se rigorosamente imóvel. - Ribeiro de Jesus, PSP de Faro

O acidente provocou forte comoção em toda a região, onde o veículo era bem conhecido. - António Bravo (SIC)

Ela contraiu a doença em vida. - Dr. Joaquim Infante, Hospital de Santa Maria

Há muitos redatores que, para quem veio do nada, são muito fiéis às suas origens. - António Tadeia, Crónicas do Correio da Manhã

A vítima foi estrangulada a golpes de facão. - Ângelo Bálsamo, Jornal do Incrível

A polícia encontrou no esgoto um tronco que provém, seguramente, de um corpo cortado em pedaços. E tudo indica que este tronco faça parte das pernas encontradas na semana passada. - Agente Paulo Castro, Relações Públicas da P. J.

Os sete artistas compõem um trio de talento. - Manuela Moura Guedes (TVI)

Esta nova terapia traz esperanças a todos aqueles que morrem de cancro em cada ano. - Dr. Alves Macedo, oncologista

Quando o jogo está a mil, minha naftalina sobe. - Jardel, ex-jogador do Sporting

Querem fazer do Boavista o bode respiratório. - Jaime Pacheco, treinador do Boavista

Não tem outra, temos que jogar com essa mesma. - Jaime Pacheco, treinador do Boavista, ao responder à pergunta do repórter se eles iriam jogar com aquela chuva

Se entra na chuva é para se queimar. – Denilson, jogador da Seleção do Brasil

Haja o que hajar, o Porto vai ser campeão. - Deco, ex-jogador do FC Porto

O difícil, como vocês sabem, não é fácil. - Jardel

Jogador tem que ser completo como o pato, que é um bicho aquático gramático. - César Prates, ex-jogador do Sporting

No Porto é todo mundo muito simpático. É um povo muito hospitalar. - Deco, ex-Jogador do FC Porto, a comentar a hospitalidade da população

Eu disconcordo com o que vocês disse. - Derlei, do F. C. PORTO, em entrevista ao Jornal Record

Em Portugal é que é bom. Lá, a gente recebe semanalmente de 15 em 15 dias. - Argel, jogador do Benfica

Nem que eu tivesse dois pulmões alcançava essa bola. - Roger, jogador do Benfica

Tenho o maior orgulho de jogar na terra onde Cristo nasceu. - Djair, jogador do Belenenses ao chegar a Belém (zona do Restelo – Mosteiro dos Jerónimos) no dia que assinou contrato com este clube

Finalmente, a água corrente foi instalada no cemitério, para satisfação dos habitantes. - Presidente da Junta da Freguesia do Fundão  

   

As minhas pessoas

 

Gosto de pessoas, gosto muito das minhas pessoas e sou extremamente fiel a quem gosto e a quem me faz bem. Não concebo a vida sem as minhas pessoas, aquelas em quem confio e pelas quais sou capaz de tudo. Aquelas pelas quais abdico de mim e que me fazem feliz. As que me conhecem há muito tempo e as outras, as que mal me conhecendo se dão sem medos, confiam e recebem sem estranhar. Seríamos todos bem mais felizes se toda a gente se sentisse grata por isso.


O maior triatlo de Portugal

 

 

Lisboa Triathlon vai realizar-se já no próximo sábado, dia 2 de maio, e eu lá estarei para torcer por dois amigos muito especiais. Tenho um respeito enorme por quem é capaz de fazer


  • 950 m natação
  • 45 km ciclismo (sem roda)
  • 10,5 km corrida a pé
 
numa batalha épica entre sexos. Tenho acompanhado o esforço deles nos treinos, os cuidados com a alimentação e descanso e tenho a certeza que darão tudo o que têm para concluir a prova dentro dos tempos que estipularam. Orgulho imenso.
 
 
                                                                                                                               

Divagações


Medo vs Ansiedade


27 de abril de 2015

A vida e suas marés


Sabem aquele dia que esperam há muito e finalmente chega e parece que o mundo desaba de novo. Já há algum tempo que andava serena, sem problemas de maior e feliz e estava a estranhar tamanha esmola. Lá diz o ditado "quando a esmola é muita o pobre desconfia". Pois, era assim mesmo que andava, meio desconfiada com tanta fartura.  Com receio, lá ía aproveitando o bom momento na certeza de que outro, menos bom, viria já atrás.

Quando temos folga devemos mesmo aproveitar para recarregar baterias e preparar-nos para outro revés. Sim, não se iludam, a vida é como as marés, umas vezes a favor, outras contra. E é nessa contradição e ambivalência que a vida tem mais sabor. Já imaginaram o que seria tudo lindo, feliz, despreocupado a todas as horas. Téeeedio! Só apreciamos o bom quando já passámos pelo menos bom porque aí temos termo de comparação e damos valor. Temos de aprender a apreciar mais a vida e viver cada dia como se fosse o último porque tudo é efémero.

24 de abril de 2015

A melhor PT


Aqueles que passam por nós, não vão sós, não nos deixam sós. Deixam um pouco de si, levam um pouco de nós.  
(Antoine de Saint-Exupéry)

A minha Carlota, a melhor PT do mundo, vai abraçar novos e melhores desafios e é com um misto de emoções que recebo a noticia.
Se por um lado fico muito feliz por a ver crescer, trilhar outros caminhos e aceitar novos desafios numa área de intervenção de que gosta bastante e que, com certeza, a levará longe no seu percurso profissional, por outro lado sinto-me triste por ver sair da minha vida uma pessoa que tanto se empenhou.
Até setembro do ano passado, fui aquele tipo de pessoa para quem o exercício era giro, devia fazer bem, mas para mim não, obrigada. Ficava alapada no sofá, dia após dia, e mexer-me está quieta que isso cansa.
Quando decidi mudar de vida e dedicar-me a isto à séria conheci a Carlota. Não sei se foi amor à primeira vista ou não, sei apenas que a entrega dela à profissão e às pessoas é surpreendente. Profissional empenhada nunca se negou a fazer mais do que seria esperado no âmbito do contrato que estabelecemos. Está sempre disponível para tudo e mais alguma coisa. Explica, esclarece, apoia, incentiva, desdobra-se em atenções e motivação. Nota-se que gosta do que faz e que se preocupa. Para ela, não somos apenas mais um, somos únicos. Pelo menos foi assim que me senti durante estes sete meses e só lhe posso agradecer a forma como me tratou e tudo que me ensinou.
Hoje, em jeito de despedida, tenho de confessar que nunca pensei ganhar este bicho mas fui contaminada. Correr, levantar pesos, remo, elíptica, passadeira, qualquer actividade hoje em dia faz parte da minha rotina diária, sem a qual me sinto a stressar. Nunca pensei que era através do exercício que iria deixar de fumar e que iria controlar o stress do dia a dia. Que chegaria o dia em que ansiaria por uma corrida ou ida ao ginásio e que isso me deixaria mais forte física e psicologicamente, mais capaz de enfrentar a vida e os seus múltiplos contratempos e problemas e, principalmente, mais feliz.  É a ti, Carlota, que agradeço tudo isso. Deixaste marca. Bem hajas e Boa Sorte! Mereces tudo de bom.

(Ainda vou correr uma maratona, vais ver, fica a promessa.)


A escolha é tua


A fome emocional

 

A determinada hora do dia ou noite come se não houvesse amanhã.
Ataca a despensa e a geleira sem pensar.
Come sem saber bem o quê ou porquê.
Oscila entre ingestão de doces e salgados, sem qualquer ordem especifica, apenas porque sim.
Não consegue parar e depois enche-se de remorsos e culpa.
A tristeza consome-o e volta a comer,
numa espiral sem fim.

Se se revê nestas palavras é provável que esteja a atravessar uma fase de ingestão compulsiva de alimentos devido a factores emocionais - é a denominada fome emocional.

Há pessoas que tentam preencher o vazio que sentem através da comida e determinadas situações emocionais que não controlam passam a ser o gatilho para comerem de forma descontrolada. Essa ingestão anormal de comida, ocorre normalmente num curtíssimo período de tempo, entre 5 e 10 minutos e  acarreta sempre um enorme sentimento de culpa à posteriori que, mais tarde ou mais cedo, levará a novo episódio compulsivo.

Em Psicologia, denomina-se fome emocional a toda a tentativa de compensar, através da ingestão alimentar, um mal estar interior que pode ir da solidão ao stress, ansiedade, tristeza, culpa ou vazio. Como se calcula toda essa ingestão abusiva e descontrolada de alimentos torna muito difícil o emagrecer ou a manutenção do peso, factor agravante do comportamento.

Pessoas com baixa auto estima, inseguras, perfeccionistas, ansiosas e muito focadas no corpo sofrem habitualmente deste mal e entram num círculo vicioso difícil de quebrar. Como todas as outras perturbações alimentares, atinge principalmente as mulheres, sexo mais vulnerável a este tipo de patologia.  São normalmente pessoas do tudo ou nada, do oito ou oitenta. Empenham-se tremendamente em alguma coisa, com uma motivação extraordinária e, quando não atingem os patamares que idealizaram, estatelam-se ao comprimido e acham-se as piores pessoas do mundo. Dificilmente percepcionam a realidade como ela é e são muito exigentes consigo e com os seus desempenhos e tudo isso dificulta o desejado regresso à normalidade que, embora difícil, é possível.


23 de abril de 2015

Alguém se identifica?



A minha cabeça funciona de uma maneira muito própria: para ela é oito ou oitenta, é perdido por cem, perdido por mil, é tudo ou nada. Não tenho meio termo. Não sou de temperaturas mornas nem de conceitos assim assim. Sou de extremos, do tudo ou nada, do amor e ódio. Talvez por isso, tenho tanta dificuldade em ser consistente e persistente. Hoje adoro, amanhã nem por isso. Hoje quero muito, amanhã já me fartei. Inconstância devia ser o meu nome do meio e imprevisibilidade o meu apelido. Detesto fazer sempre igual. Canso-me. Desisto. Não me apetece mais. Gosto de estímulos diferentes. De desafios. De não saber o que vai acontecer a seguir. Do imprevisto. Sou difícil de entender e ainda mais de contentar.

Diz que isso é fruto de um conflito entre a emoção e a razão e é, normalmente, o motivo da eterna insatisfação sentida por muita gente. Se é positivo ou negativo? Cada um saberá de si. Eu acho que depende das circunstâncias e das pessoas que nos rodeiam. Se é assim e vive feliz com isso e consigo própria, está tudo bem. Se, pelo contrário, essa maneira de ser o torna infeliz e lhe traz muitos dissabores, se calhar está na altura de reflectir um pouco sobre isso e, quem sabe, até mudar. Como sempre, a decisão é sua!


22 de abril de 2015

Abraço gostoso




Para ti



Neste dia especial quero agradecer tudo o que me ensinaste e ensinas, tudo o que de importante preciso para a vida. Não são lições de um dia, são palavras, pensamentos e acções. Sementes plantadas ao longo do tempo.
Ensinaste-me o código da linguagem sem palavras, só com a força do olhar. Ensinaste-me a pensar, a ponderar, questionar. Ensinaste-me o cheiro da terra molhada, o sabor de um fruto acabado de colher, dos grelos com chouriço e do cozido a portuguesa. Contigo compreendi o valor das nossas origens e o valor inestimável das amizades.

Ensinaste-me o conforto de um colo, o calor de um beijinho em cima de um dói-dói e o que é aquele friozinho na barriga quando se aproxima a hora de acontecer algo que desejamos muito, como o primeiro dia de escola, a véspera de Natal ou o dia em que nos programam um parto e quem sente as dores és tu. Contigo aprendi o valor de uma mão segura, do ombro amigo e da lágrima de emoção. Que a vida não acaba por causa de um mau corte de cabelo ou de uma gravidez inesperada, mas antes que começa em cada nova conquista de um filho.

Ensinaste-me que o amor se pratica todos os dias e não se adia. Que a infância é feita de memórias banais, de uma ida à praia ou à pesca, das aulas de natação e dos gelados do Baleizão, da liberdade imensa e das viagens de carro com muita cantoria, dos jogos do nosso sporting.

Que o dinheiro pode estar contado, mas deve haver algum que aparece não se sabe bem de onde, quando se quer muito um urso de peluche no natal. Que nos ombros das mães se consegue ter pé até mais longe no mar e que as brincadeiras nas ondas com um colchão são muito mais divertidas. Ensinaste-me que as fantasias de carnaval ou as festas mais bonitas não se compram, mas custam horas de sono e picadas de agulhas nos dedos.

Contigo aprendi que tudo é valido se houver dignidade na intenção, mas que tudo tem um preço. Que a vida custa. Que o sacrifício de horas e horas de trabalho pode ser o único meio de se proporcionar conforto à família. Mas que é importante não se esbanjar e ponderar sempre uma solução alternativa (ou duas!) pelo sim pelo não.

Que o amor cresce, cresce e nunca tem fim. Que é feito todos os dias e todas as noites, na presença de uma febre ou matacanha, mas que também existe na ausência. Que o importante é a preocupação sempre presente com a nossa felicidade, o nosso bem-estar e alegria. Em cada momento difícil, o teu silêncio e apoio são conforto. A agonia da dor compartilhada é minimizada nesse silêncio solidário, mas gritada demais nos gestos, no pão quente comprado e na gasolina que aparece como que por magia no depósito, mas também no olhar e no silencio de um abraço.

Ensinaste-me que liberdade pede responsabilidade. Que os pais são como os clientes e têm (quase) sempre razão. Contigo aprendi a ser fiel aos meus princípios, que o valor da honestidade, rectidão e justiça, são a minha maior herança.

Que temos que ser rijos e não podemos fraquejar. Que a auto comiseração não é solução e que se acreditarmos, podemos não ser capazes, mas ao menos tentámos. E que tentativa, erro e trabalho são a chave para se alcançarem os sonhos.

Ensinaste-me que dormir em conchinha é a coisa mais gostosa do mundo. E que o colo de mãe é como pastilha elástica, estica sempre em proporção ao tamanho de um filho, de mim. Que ser feliz está ao meu alcance, é só ajustar as premissas, os objectivos e manter o foco que a importância está nas coisas mais simples.

Ensinaste-me o valor da generosidade, do altruísmo, o gostar de ver os outros felizes porque, afinal, a felicidade é sempre em espelho. Que o melhor do Natal é a família e que o passado se deve honrar com bôla e pão-de-ló. Que os mortos só morrem se os matarmos em nós.

Ensinaste-me que não faz mal fazer 1000 km se um filho está infeliz e chama por nós.

Que o amor é um contrato sem termo, para a vida, sem férias nem folgas, uma jornada contínua, sem descanso, mas com a melhor retribuição do mundo. Que quando nos nasce um filho ele não é nosso, é de todos os que amamos, do Mundo e que ser avó deve ser (ainda) melhor que ser mãe.

Ensinaste-me que ninguém morre de amor. Que o amor não mata. Mas que se pode viver assim, alimentado para sempre, de um amor umbilical e vitalício.

Ainda bem que existes. Para me ensinares o bom que é viver, para me ensinares a ser mulher e mãe. Ainda há muito mais a aprender contigo. Ainda há muitos netos ansiosos pelo teu colo, teus beijos, teu amor e eu, eterna menina a precisar sempre de ti.




Reflexão # 12


46 - Quando está tudo dito e feito, será que disseste mais do que fizeste?

47 - Até que ponto é que controlaste a tua vida?

48 - Estás mais preocupado em fazer as coisas direitas ou certas?

49 - Estás a almoçar com três pessoas que respeitas e admiras. Começam a criticar um amigo intimo sem saberem que é teu amigo. A critica é injusta. Que fazes?

50 - Quando é que foi a última vez que seguiste um caminho apenas com o brilho suave de um sonho?


21 de abril de 2015

Reflexão # 11


36 - O que é pior, falhar ou não tentar?

37 - O que gostarias de fazer para mudar o mundo?

38 - Se a esperança de vida fosse de 40 anos, viverias de maneira diferente?

39 - Já viste insanidade onde depois de confirmou criatividade?

40 - Em que momento nos últimos tempos te sentiste mais apaixonado e vivo?

41- Se a felicidade fosse a moeda nacional, que tipo de trabalho farias?

42 - O que é que não fizeste e queres realmente fazer? Porque não o fazes?

43 - Se não é agora, quando é que é?

44 - Se tivesses de mudar de país para onde irias e porquê?

45 - Estás preso a alguém ou alguma coisa que tens de largar?



Abraço e palmada


“As crianças precisam de amor e disciplina.”

Brazelton, pediatra norte americano, defende, em muitos dos seus livros dedicados ao  desenvolvimento da criança, que elas precisam de amor e disciplina.

Em contexto terapêutico surgem-me muitas vezes pais preocupados porque os filhos exigem tudo e não cumprem com nada. Só têm direitos e nenhuns deveres. Querem saber como isso acontece e o que devem fazer para remediar a situação.

É verdade que isso acontece e talvez a culpa (responsabilidade) seja mesmo nossa, pais. Por um lado, numa tentativa de lhes proporcionar o melhor que podemos, temos dificuldade em dizer não, em negar-lhes o que quer que seja, muitas vezes às custas dos maiores sacrifícios financeiros e emocionais. Por outro lado, na ânsia de aplacarmos a culpa que nos consome por não termos sempre tempo e disponibilidade emocional para eles, tornamo-nos pouco exigentes e facilitadores de comportamentos e atitudes menos saudáveis e desejáveis. Com o tempo, vamos pagar caro estes dois erros.

Lembrem-se de duas verdades inquestionáveis:

- Educamos pelo exemplo e não pelas palavras

- Reforçamos comportamentos punindo ou premiando

Se desde tenra idade tivermos presente estas premissas tudo será mais fácil. Se definirmos rotinas e limites, a criança sentir-se-á amada e segura e irá ajustando-se ao que dela é esperado no seio familiar, sendo o contrário também verdade. Quando não há regras especificas e limites bem definidos, quando hoje não pode, mas amanhã já não é proibido, a criança sentir-se-á desiquilibrada e tentará perceber SEMPRE se hoje é dia do sim ou do não e entra-se numa fase de braço de ferro constante.

Quando crescem, esta angústia acentua-se e o teste do limite tenderá a agravar-se até que chegará uma hora em que os pais perdem o controlo sobre os filhos. Como não há autoridade, deixa de haver reconhecimento e respeito. Como não houve não e a resistência à frustração não foi trabalhada, tudo é permitido e, pior, devido.

Não tenham medo de dizer não, de frustrar os vossos filhos, de lhes exigir respeito. Não tenham medo de premiar quando o comportamento o justifica. Não tenham medo de pedir desculpa, de dizer por favor e obrigada. Não tenham medo de sentir a raiva, o desespero, a tristeza, a infelicidade dos vossos filhos quando lhes negam o que quer que seja. Não tenham medo de olhar por vós, sem se anularem. Não tenham medo de ser pais e educadores. Custa! Não é fácil! Mas é extremamente gratificante.


20 de abril de 2015

Reflexão # 10


31 - Pensa em algo que sabes e fazes diferente das outras pessoas

32- Fazes o que acreditas e gostas ou contentas-te com o que fazes?

33 - até que ponto controlas realmente a tua vida?

34 - Se ganhasses muito dinheiro saías do teu trabalho actual?

35 - Será que é possível saber a verdade?



Amizade

Gosto tanto deste anúncio. Uma mensagem bonita e forte sobre a amizade e os tempos modernos.  "Conversamos com o ecrã, rimos com as teclas, e fazemos likes para enganar a saudade. Mas entre um não posso e outro, os grandes amigos vão-se tornando estranhos. O que é estranho..."





17 de abril de 2015

Reflexão # 9


26 -Carregas no botão do elevador mais do que uma vez? Acreditas mesmo que isso fará com que o elevador ande mais depressa?

27 - Porque estás onde estás?

28 - Qual a diferença entre estar vivo e realmente viver?

29 - Se por acaso ainda não conseguiste o que tens a perder?

30 - As decisões estão a ser tomadas agora. A questão é: és tu que as tomas ou estás a deixar que os outros as tomem por ti?


Sonho


Sonhe com aquilo que você quer ser,
porque você possui apenas uma vida
e nela só se tem uma chance
de fazer aquilo que quer.

Tenha felicidade bastante para fazê-la doce.
Dificuldades para fazê-la forte.
Tristeza para fazê-la humana.
E esperança suficiente para fazê-la feliz.

As pessoas mais felizes não tem as melhores coisas.
Elas sabem fazer o melhor das oportunidades
que aparecem em seus caminhos.

A felicidade aparece para aqueles que choram.
Para aqueles que se machucam
Para aqueles que buscam e tentam sempre.
E para aqueles que reconhecem
a importância das pessoas que passaram por suas vidas.

Clarice Lispector

Em modo saudade




16 de abril de 2015

Reflexão # 8

 


21 - Qual é a coisa pela qual és mais agradecida na vida?

22 - Sentes como se tivesses vivido o dia de hoje umas cem vezes?

23 - Se soubesses que toda a gente que conheces morria amanhã, quem visitarias hoje?

24 - Quando é que foi a última vez ouviste o som da tua respiração?

25 - Quando é que será o momento em que páras de calcular riscos e recompensas e vais em frente para conseguires o que queres?





Amores dificeis


Quantas vezes se deparou com alguém que lhe diz, acerca de uma qualquer relação falhada, -"parecia tão boa pessoa, perfeito para mim" - e afinal essa perfeição vem-se a revelar um erro crasso? Penso que todos nós já nos cruzámos com pessoas com essa história e não percebemos como pode isso acontecer.

Quando se inicia uma relação, em vez de nos relacionarmos com a pessoa real o que acontece é iniciarmos uma relação com a fantasia que se faz dessa pessoa. A fantasia, como o próprio nome indica, é uma idealização. A pessoa ideal tem tudo o que inconscientemente desejamos (e muitas vezes nem sequer sabemos que queremos de forma consciente e racional), não tem defeitos, é a perfeição. Com o tempo, a realidade fica cada vez mais distante da fantasia e a coisa complica-se.
Temos também tendência para ignorar alguns sinais de alerta de que alguma coisa correrá mal no futuro, quando começamos a fantasiar, e lançamo-nos de cabeça em relações que nada de bom vão trazer.

Aqui estão as 10 principais questões às quais deve dar a sua atenção se quer evitar algumas más experiências.

1 - Dificuldades de comunicação - pessoas que têm dificuldade em falar e exprimir os seus sentimentos podem deixar o parceiro a lidar sozinhos com situações complicadas
2 - Irresponsabilidade, imaturidade e imprevisibilidade - Algumas pessoas têm dificuldades em lidar com as coisas básicas da vida, ter um emprego, poupanças, planear o futuro. Vivem apenas o presente e qualquer coisa que venha questionar essa postura é rapidamente afastada. São pessoas que ainda estão a crescer e não querem de momento assumir compromissos.
3 - Falta de confiança. Quando alguém não consegue ser honesto consigo ou com quem o rodeia não se pode esperar que venha a ser de confiança. Este tipo de comportamento pode não ser propositado ou feito com maldade, mas existe. Andar de mentira em mentira pode ser um hábito e viver com alguém assim é evidentemente muito stressante e perigoso.
4 - Se a sua família e amigos não gostam da escolha. Essas pessoas normalmente conhecem-no bem e saberão intuitivamente o que é ou não bom para si. Eesteja atento à opinião dessas pessoas porque têm uma perspectiva de fora e habitualmente mais clara.
5 - Atitudes controladoras - se o seu parceiro tiver atitudes no sentido de a afastar da família e amigos ou apenas controlar onde vai e com quem, limitando o seu mundo e tornando-se o seu centro, reaja e questiona essas atitudes. Às vezes pode mesmo chegar a exigir que escolha entre ele e alguém ou alguma coisa, como forma de exprimir o seu amor. Atenção que isso não é normal
6 - A relação está construída numa base da necessidade de ser necessário - pense bem no que o atrai, pode ser apenas o facto de ser gostado. Toda a gente gosta de ser gostada e isso pode levar a confundir sentimentos
7 - Comportamentos abusivos, físicos quer psicológicos - toda a violência é inaceitável. Qualquer comportamento fisicamente abusivo e todos  aqueles que a façam sentir rebaixada, humilhada, rejeitada, mal amada, são de evitar. A violência é normalmente uma escalada e não se deve esquecer/ perdoar nada, desde a "simples" estalada porque estava mal disposto ou qualquer outra desculpa igualmente esfarrapada. Quem faz uma vez, faz duas ou três, não se esqueça disso.
8 - Relações passadas mal resolvidas - são normalmente obstáculos a uma relação feliz. Tudo o que está no passado não pode nem deve ser renegado mas pode e deve ser arrumado e integrado na história de cada um sob pena de vir a contaminar o futuro
9 - Passado secreto ou negro - se mal resolvidos dão problemas, se são secretos tudo se complica ainda mais
10 - Sentimentos de insegurança - levam normalmente a situações de controlo abusivo, de ciúme, de desconfiança.

A intuição dá-nos muitas vezes sinais de alerta que nós ignoramos.Aprenda a ouvi-la porque ela está provavelmente certa e assim evitará algumas dores futuras.


15 de abril de 2015

Reflexão # 7


16 - Para salvares quem amas serias capaz de violar a lei?

17 - Preferias ser um génio preocupado ou alguém simples e alegre?

18 - É pior ter um amigo que se afasta ou perder o contacto com um amigo que mora perto?

19 - Preferias perder toda a memória ou não ser capaz de fazer novas amizades?

20 - Alguma vez o teu maior medo se concretizou?


Entrevista com Albert Ellis



Para que conheçam um pouco melhor o fundador da TREC



T.R.E.C


A T.R.E.C. , Terapia Racional Emotiva e Comportamental foi desenvolvida por Albert Ellis que ao longo do seu percurso académico e profissional começou a perceber que a maioria dos problemas emocionais das pessoas se devem a pensamentos irracionais e serviu de base ao aparecimento das terapias cognitivas e comportamentais. Segundo Ellis, o ser humano tem tendência a tirar conclusões extremas e essencialmente negativas das suas vivências.

O principio base desta terapia assenta na ideia de que as circunstâncias não perturbam as pessoas, as pessoas perturbam-se pela sua visão das circunstâncias. Assim, para alguém focado em pensamentos irracionais e que perdeu o emprego, por exemplo, essa situação torna-se terrível. O sujeito tende a focar-se no seu não valor por ter sido despedido, aumentando assim a probabilidade de deprimir, e acha que jamais arranjará outro emprego. O pensamento irracional é ilógico, extremo, prejudicial e demasiado auto destrutivo podendo, por isso, levar a problemas emocionais o que, por seu lado, abre as portas à doença.

Esta ideia de pensamento irracional sofreu a influência de Karen Horney e da sua tirania de deveres, isto é, a ideia de que algo deveria ser diferente do que é, só porque sim, numa repetição do pensamento mágico dos nossos antepassados. O conflito interno que surge no indivíduo quando tenta equilibrar esses pensamentos com a realidade é extremamente doloroso e não termina.

Como oposto a esta irracionalidade temos o pensamento racional que se focaliza na aceitação. Na vida, às vezes, acontecem coisas menos boas, das quais não gostamos e que nos prejudicam, mas que fazem apenas parte da vida não tendo o nosso ego envolvido. "As pessoas e as coisas não nos aborrecem, nós é que nos aborrecemos com as pessoas e as coisas ao acreditar que elas têm esse poder."

Na T.R.E.C. trabalha-se através do sistema ABCDE, onde:

A- acontecimento/ activador
B - crenças irracionais
C - consequências emocionais e de comportamento
D - debate
E - nova filosofia


Com o objetivo de mudar a baixa tolerância à frustração e promover a mudança emocional e comportamental profunda, adotam-se métodos cognitivos, comportamentais e emocionais que combatem a procrastinação e a indisciplina.

Com base num questionamento activo, o terapeuta tentará compreender o sistema de crenças do paciente para o alterar para um outro mais saudável e adaptativo, minimizando assim o desconforto emocional.

Se acham que esta é a terapia com a qual se identificam não deixem de procurar um profissional credenciado para o efeito.



14 de abril de 2015

Vamos falar de sexo # 9




 Tudo  corria bem até que tive filhos. Desde essa altura, a vontade sexual diminuiu e não sei o que fazer.

Esta situação é muito comum entre os casais, principalmente com a mulher que é mãe pela primeira vez. As hormonas, o eventual aumento de peso, o cansaço, o desafio que o papel de mãe representa, deixa para segundo plano a libido. Algumas mulheres centralizam toda a sua atenção nos filhos e esquecem-se de ser esposas e mulheres. Nestes casos, o sexo deixa de ter importância no dia a dia e a própria mulher se remete a um plano secundário. Quase como se fosse egoísmo pensar em si. O problema é que sem sexo o casamento não está completo e começam a surgir problemas e conflitos, rancores e afastamento emocional. É importante que as mulheres percebam o que se passa e se esforcem para voltar a uma vida sexual activa o quanto antes. Podem recorrer a fantasias, novas propostas ou a namoro com hora marcada. Tudo é válido nesta guerra contra o desinteresse sexual.



Reflexão # 6


9 -  Preferes ter menos trabalho para fazer ou mais trabalho do que aquele que consegues fazer?

10 -  Estarias disposto a morrer 10 anos mais cedo para te tornares muito famoso ou atraente?

11- Qual é a memória mais feliz que tens da infância? Porque é que essa memória é tão especial?

12 - É possível distinguir sem dúvida o bom e o mau?

13 - Se aprendemos com os erros porque é que temos tanto medo de errar?

14 - O que é que amas? Recentemente expressaste esse amor?

15 - Porque é que as religiões que apoiam o amor são responsáveis por tantas guerras?




13 de abril de 2015

Quando os filhos não querem ou não gostam de estudar

 

Neste inicio de 3º período começam as aflições com as notas, os estudos, os testes e a transição de ano. Os pais querem que os filhos adquiram de repente hábitos de estudo. Querem que eles se dediquem e estudem diariamente e os filhos, por seu lado, que andaram os dois períodos anteriores à vontade, para não dizer mesmo à vontadinha, não sabem como fazê-lo. Cresce nos pais a ideia, real, de que os filhos não gostam nem sabem estudar. Como podemos ajudá-los?

Antes de mais, convém dizer que é importante que os pais criem nos filhos hábitos de estudo desde cedo. Com a entrada na escola primária, os pais têm obrigação de ir ensinando e transmitindo aos filhos bons hábitos de estudo. Devem proporcionar-lhes um local de estudo apropriado, bem iluminado e em local sossegado. Depois, diariamente, a criança deve ser incentivada a sentar-se para fazer qualquer tipo de exercício. Se houver trabalhos de casa, é o momento de os executar. Se não houver podem aproveitar para arrumar a pasta para o dia seguinte, fazer um desenho, escrever uma palavra difícil ou ler um bocadinho. Dessa forma, estamos a transmitir que o trabalho do dia só termina quando se sentam à secretária e estudam.

Assim, quando forem mais velho, o hábito está criado e não haverá espaço para resmunguices.
Nesta matéria, como em todas as outras, cabe também aos pais ensinar pelo exemplo. Se querem que eles valorizem o estudo, os pais têm de o valorizar sempre e não apenas em época de testes ou no final do ano lectivo. Deixem que os vossos filhos vos vejam a ler, a assistir a peças de teatro, organizem programas culturais em famílias, como idas a museus, por exemplo. Se eles percepcionarem que aprender é algo que os pais ainda fazem e com agrado, tudo se torna mais fácil.

Depois, bem depois todos sabemos que há duas formas básicas de educação: premiando o bom comportamento ou punindo o mau. Qual o mais eficiente? Inúmeros estudos apontam que educar através do reforço positivo (premiando) é mais eficaz do que punindo. E mais saudável também. É melhor premiar com um pouco mais de atenção, prolongar dez minutos a ida para a cama, fazer uma refeição do seu agrado, ir ao cinema, andar de bicicleta, deixá-lo ver na televisão aquele programa que ele gosta ou jogar um pouco no tablet, computador ou playstation, como forma de recompensa do que castigá-lo a toda a hora quando os objectivos não são atingidos. Demasiado castigo devaroliza-o e quando ele for mesmo necessário não surtirá qualquer efeito. O mesmo acontece com o castigo fisico, uma palmada é eficaz, palmadas constantes deixam de o ser.

Há pais que me questionam sobre se devem ou não pagar aos filhos pelas boas notas. Acho que há tantas outras formas positivas de os recompensarmos que não precisamos de recorrer a pagamentos. Com isso, corremos o risco de valorizar demais os aspectos materiais da vida. Pensem um pouco. Sejam criativos e de certeza que descobrem dezenas de maneiras, bem menos materialistas, de os premiar e incentivar.


Reflexão # 5


6 - És o tipo de amigo que queres como amigo?

7- Já estiveste com alguém, não disseste nada e pensaste que tinha sido o melhor momento da tua vida? 

8 - Se pudesses dar um só conselho a um recém nascido qual seria?



Samba


Chegou a vez de Samba, o filme francês dos mesmos realizadores de Amigos Improváveis que repete também o actor Omar Sy. Retrata a história de um imigrante senegalês em França, cuja vida se cruza com a de uma mulher perturbada que tenta reencontrar o equilíbrio emocional perdido. É um filme cru que nos remete para uma reflexão sobre a vida. Contudo, sem a ironia e a imprevisibilidade de Amigos Improváveis. Gostei.



10 de abril de 2015

Sempre contigo


Reflexão # 4



4 - Como podem as coisas que te fazem feliz não fazerem todos felizes?

5 - Lembras-te daquele dia, há cinco anos atrás, quando estavas muito chateado? Será que aquilo tinha realmente importância?


A importância da rede social de suporte

 

Julianne Holt-Lunstad, publicou um estudo, já há meia dúzia de anos, onde defendia que a quantidade e qualidade das relações interpessoais seriam um factor de risco ou de protecção na qualidade de vida das populações. Nesse estudo, a autora concluiu que a fraca rede social existente ou a sua ausência aumentaria o risco de morte, num valor comparável à mortalidade dos fumadores, obesos ou alcoólicos.

Com o aumento das interacções virtuais em detrimento das reais e com o cada vez maior isolamento dos nosso idosos, este é um factor que deviria ser tido em conta por todos nós. A juventude está a habituar-se a viver isolada frente a um écran e mais grave ainda a achar que isso é normal e saudável e daqui a uns anos vamos ter o retorno negativo desse mau comportamento. Todos sabemos como é importante o afecto, a partilha de problemas e soluções, a proximidade, o saber que podemos contar com A ou B numa aflição. Intuímos tudo isso, até por experiência própria, mas em termos de sociedade intervimos muito pouco. Se calhar está na hora de darmos a este assunto a relevância que ele merece.



9 de abril de 2015

Reflexão # 3


3 - Se a vida é tão curta, por que fazemos tantas coisas que não gostamos e gostamos de tantas coisas que não fazemos?


Dependência do terapeuta

 

O estudo de psicoterapia, pelo menos em Portugal e no local onde estudei, tem várias deficiências. Dão-nos as ferramentas teóricas, falam-nos sobre as correntes científicas que estão na sua génese, nos pressupostos e muitas outras coisas mas esquecem-se de nos treinar em termos práticos. Isso temos de adquirir com a experiência, com tentativas e erros e temos de ir percebendo, ao longo do tempo, como ser e estar. O que é que nos faz sentido e como. Temos de encontrar o nosso próprio espaço. Se calhar acontece o mesmo com qualquer curso mas para mim essa é uma pecha que deveria ser repensada. Tenho de reconhecer que cometi muitos erros no inicio de carreira, que aprendi e continuo a aprender com todas e cada uma das pessoas que me procuraram e que em mim confiaram e gostaria de ter sido mais bem preparada na faculdade e mais bem acompanhada no inicio da vida profissional porque afinal lidamos com vidas humanas que, através da nossa postura, podem ser alteradas no bom ou mau sentido. 

Adquiri esta consciência muito cedo, a de que sou de alguma forma responsável pelas pessoas que me procuram e que os meus erros podem ter repercussões muito nefastas. Esta consciência, embora pesada, é o que me faz estar o mais centrada possível no caso, disponível e atenta aos mínimos sinais. É por causa dela que me entrego a 200% e que estou quase sempre contactável mas penso que não pode ser de outra forma.

Outra das coisas que sempre me preocuparam foi arranjar estratégias para evitar a dependência. Conheço terapeutas que gostam e sentem necessidade de manter os seus doentes dependentes, quase como se de uma massagem ao ego se tratasse - "sou tão bom que não vivem sem mim" . Isso para mim é impensável e eticamente reprovável. O principio deveria ser não o de dar o peixe mas sim o de ensinar a pescar.

Nesse contexto, está este pequeno texto de Bucay.
Você tem fome de saber e fome de crescer. Fome de conhecer e fome de voar...É possível que hoje eu seja o peito que dá o leite que aplaca a sua fome...É ótimo que você queira esse peito. Mas não se esqueça: Não é do peito que você precisa... É do leite!

 Acredito que ainda temos ainda muito a crescer no ensino da psicologia e que seria bom para todos, alunos, futuros profissionais e, principalmente, pacientes que ensinassem este tipo de coisas mais práticas e não deixassem ao acaso a sua aprendizagem. Corremos o risco de estar a formar maus profissionais sem que estes tenham sequer hipótese de perceber o que está errado.

8 de abril de 2015

Reflexão # 2

 

Aqui fica a pergunta do dia e lembra-te que não há respostas certas ou erradas e que a tua, hoje, é, com certeza, a melhor resposta.

2- O que farias de forma diferente se soubesses que ninguém te julgaria?

7 de abril de 2015

Reflexão # 1


 
 
Estive a compilar 50 perguntas para reflectir individualmente que penso que ajudarão qualquer pessoa que queira enveredar por um caminho de auto conhecimento e desenvolvimento pessoal. São simples questões que deverão ser interiorizadas e respondidas de forma pensada e consciente. Se quiserem, para que o resultado seja ainda melhor, podem escrever a resposta com exemplos de que se lembrem e que ilustrem o que estão a responder.  Depois, guardem essas respostas e leiam-nas de tempos a tempos, quando estiverem numa qualquer encruzilhada da vida e aprenderão imenso sobre vocês. Sugiro até que façam uma espécie de bloco de consulta rápida porque há perguntas que se adaptam a vários momentos.

Assim, todos os dias tentarei deixar aqui uma ou mais questões que servirão esse propósito de reflexão e crescimento interior. E a primeira é:

1. Quantos anos terias se não soubesses quantos anos tens?


2 de abril de 2015

Hoje é o Dia Mundial da Consciencialização do Autismo


Este vídeo explica de forma simples o que é o autismo.Vale a pena perder uns minutinhos e reflectir um pouco sobre esta doença.

Lindo é ser feliz

 


Hoje acordei com aquela sensação de beleza interior, de plenitude, de paz e sinto-me mais bonita do que nunca. Olho ao espelho e não vejo retenção de líquidos, não vejo borbulhas, não vejo flacidez ou gordurinhas, não vejo rugas nem cabelos brancos. Hoje, olho ao espelho e vejo apenas a felicidade, a gratidão pela vida, pela saúde e bem estar  e sinto-me bonita. Estou feliz e isso vê-se e sente-se e é tão bom.

1 de abril de 2015

O copiloto da Germanwings.


Há uma semana que toda a gente fala sobre o acidente do avião da Germanwings e da culpa do copiloto. Cada vez se descobrem mais dados e com a investigação ainda a decorrer o risco de imprecisões é grande, mas um dado parece certo, o de que o co-piloto sofria, há vários anos, de uma grave depressão.

Lubitz já teria recebido tratamento medicamentoso para um quadro de depressão, com ideação suicida. Segundo os últimos dados recolhidos, alguns dos medicamentos prescritos eram inclusivé para tratamento de outra sintomatologia, mais grave, ligada ao espectro da psicose, a esquizofrenia, composta por fuga à realidade, delírios e alucinações.

Caso se confirmem estas suspeitas, Andreas Lubitz é apenas uma das 121 milhões de pessoas que sofrem de depressão em todo o mundo. É uma doença silenciosa, que acarreta grande sofrimento, vergonha e culpa e que é ainda menosprezada pela sociedade que não a entende. Há a ideia generalizada que a pessoa está doente porque é fraca ou porque quer. Os doentes são marginalizados e, absortos que estão na sua tristeza, é fácil isolarem-se de tudo e todos e é nesses casos que a depressão se torna recorrente e de difícil tratamento.

É necessário mais apoio familiar, social e claro médico. É preciso que a doença seja tratada e falada publicamente e não fechada em quatro paredes. É preciso dizer a quem sofre que há tratamento e que é possível ficar bem e viver uma vida feliz. A terapia cognitivo comportamental e o tratamento psiquiátrico (quando é de facto preciso!) são as respostas mais eficazes nos dias de hoje. Pena que Andreas não tenha percebido isso a tempo.


Motivação do dia