23 de março de 2015

Varandas e marquises

Adoro este anúncio que promove a defesa da varanda e não da marquise. Uma das coisas que sempre admirei nos espanhóis, entre muitas outras, são as varandas que têm que que fazem questão de embelezar com toldos, chapéus e flores. Muitas vezes percebe-se que é o arquitecto ou o condomínio que define a cor e modelo dos toldos e até mesmo do tipo de vasos e das flores. Ficam lindas e assiste-se a um quase concurso de beleza entre edifícios e ruas, cada um mais enfeitado e cuidado que o outro.

Aqui, em Portugal, não. Temos a mania de fechar as varandas e nem o tipo de marquise conseguimos coordenar. O que observamos é que cada um escolhe a marquise que gosta mais, coloca mais ou menos vidros, mais ou menos divisórias, com vidros e alumínios de diferentes cor e qualidade,  mais  persiana ou cortina, umas lisas outras às riscas ou quadrados, sem qualquer regra estética ou pré definição. Cada qual  é escolhida ao gosto e vontade do freguês e é ver a descoordenação total.

Impera a anarquia e os prédios tornam-se ainda mais caixotes do que eram à partida. Eu gosto do espaço aberto e solarengo. Tenho na minha varanda flores, uma mesa e duas cadeiras e é um local onde passo largos minutos a ver a paisagem, a ler ou apenas a contemplar o infinito e a deixar correr a imaginação. Gosto da sensação do sol, do vento e até da chuva. Gosto de ver e poder ser vista. Gosto da sensação de liberdade que o espaço aberto me dá.


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