26 de janeiro de 2015

Como são as sessões de psicoterapia

 

Uma das perguntas mais frequentes que me fazem é como é que são as sessões de psicoterapia. Há uma grande curiosidade sobre o assunto e a fantasia ás vezes é prejudicial. Acho que a maioria das pessoas ainda idealiza o divã de Freud, numa sala pequena, meio escurecida e com o terapeuta escondido atrás do paciente e sem grande intervenção. Para tentar desmistificar essa falsa ideia vou tentar descrever-vos uma sessão de psicoterapia regular. 

Há muitas modalidades de terapia, com várias orientações e princípios teóricos e cada uma delas requer um setting terapêutico próprio. Aquela que vos vou descrever é a que uso, a psicoterapia breve, com base analítica, e decorre numa sala / gabinete, habitualmente com pouco mobiliário, onde, no entanto não podem faltar pelo menos dois cadeirões para o doente e o terapeuta. Ficam normalmente frente a frente e a sessão desenrola-se. Dura aproximadamente 50 minutos embora a primeira sessão seja habitualmente mais alargada. Nesta primeira sessão, o terapeuta faz a anamnese (levantamento da história do paciente), informa-se sobre o motivo da consulta e quais as expectativas que o paciente traz. Traça com o doente o contrato terapêutico, onde são definidas periodicidade das sessões, preços e regime de faltas. Na sessão seguinte são estabelecidos os objectivos e estima-se a duração da terapia e a necessidade ou não de acompanhamento psiquiátrico simultâneo e a eventual necessidade de se chamar pais, irmãos, conjugues, namorados ou qualquer outra pessoa relevante para que a terapia seja terminada com sucesso. Para os doentes, as sessões são, aparentemente, simples conversas e o terapeuta pode, às vezes, fazer testes, recorrer a técnicas de relaxamento, comportamentais, hipnose, biofeedback e passar inclusivé trabalhos para casa.


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