28 de janeiro de 2015

Selfies - uma reflexão

 

Este fenómeno generalizado de se tirar selfies por tudo e por nada, em qualquer lugar e a propósito de qualquer coisa é, a meu ver, preocupante. As pessoas expõem-se a troco de um like. Vivem obcecadas pela aceitação externa e sentem-se mal quando ela não chega, é o culto do parecer em vez do ser. Nos EUA, a Academia Americana de Plástica Facial e Cirurgia Reconstrutiva alerta para o “aumento nos pedidos de procedimentos porque os pacientes estão mais preocupados com os olhares nas redes sociais”. Leia mais sobre esse assunto aqui.

Na maioria das vezes as selfies mais não são do que um meio que as pessoas usam para atingirem um determinado fim - a busca da aprovação dos outros Ter admiradores, likes, comentários e pessoas de todos os quadrantes, que se conhece e não se conhece, a afirmar a sua admiração e a fazer comentários positivos é o que está na base deste comportamento que tem crescido e que ganha cada vez mais adeptos. Dar ao exterior, aos outros, tanto poder é, no mínimo, perigoso porque no dia em que tal resposta não acontece, em que as pessoas não comentam ou não ligam aos posts colocados, os autores ficam tristes, desiludidos e deixam que isso afecte a sua auto estima.

Segundo o dicionário de língua portuguesa, auto estima é o "apreço ou valorização que uma pessoa confere a si própria, o que lhe permite ter confiança nos seus actos e pensamentos"

Para a psicologia, auto estima é a valorização (de valor), normalmente positiva, que temos sobre nós. Trata-se da opinião emocional, não racional, sobre o conjunto das nossas características físicas, mentais e espirituais que no todo formam a nossa personalidade e é um sentimento que começa a surgir a partir dos 5/6 anos de idade e que se altera com o tempo.

Lendo e interiorizando estas definições, podemos perguntar-nos se as tais  pessoas que ligam e procuram tanto a aprovação alheia (as das selfies)  gostam e confiam em si o suficiente? Será que estas modas em vez de demonstrarem felicidade e segurança, como parecem à primeira vista, não demonstram exactamente o contrário? Será preciso que os outros digam que sou gira para eu achar o mesmo?

O trabalho de construção da auto estima tem de ser exactamente o contrário deste. Tem de passar pelo interior e não pelo exterior. Tem de vir do nosso esforço e não da nossa imagem. Ficar dependente da exposição aos outros e da sua aprovação é extremamente perigoso e efémero.  Só quando realizamos determinadas tarefas que nos fazem crescer e sentir bem na nossa pele,  quando encontramos dentro de nós a motivação para mudar e estabelecemos como prioridade o nosso crescimento como pessoas é que iniciamos o percurso que nos conduz ao bem estar e à felicidade.
zação que uma pessoa confere a si própria, permitindo-lhe ter confiança nos próprios .atos e pensamentos.

"autoestima", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2013, http://www.priberam.pt/dlpo/autoestima [consultado em 27-01-2015]
Não se iludam, crescer e ser feliz exige trabalho, empenho e motivação.
Apreço ou valorização que uma pessoa confere a si própria, permitindo-lhe ter confiança nos próprios .atos e pensamentos.

"autoestima", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2013, http://www.priberam.pt/dlpo/autoestima [consultado em 27-01-2015].
Apreço ou valorização que uma pessoa confere a si própria, permitindo-lhe ter confiança nos próprios .atos e pensamentos.

"autoestima", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2013, http://www.priberam.pt/dlpo/autoestima [consultado em 27-01-2015].

Apreço ou valorização que uma pessoa confere a si própria, permitindo-lhe ter confiança nos próprios .atos e pensamentos

"autoestima", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2013, http://www.priberam.pt/dlpo/autoestima [consultado em 27-01-2015].
 

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