15 de abril de 2015

T.R.E.C


A T.R.E.C. , Terapia Racional Emotiva e Comportamental foi desenvolvida por Albert Ellis que ao longo do seu percurso académico e profissional começou a perceber que a maioria dos problemas emocionais das pessoas se devem a pensamentos irracionais e serviu de base ao aparecimento das terapias cognitivas e comportamentais. Segundo Ellis, o ser humano tem tendência a tirar conclusões extremas e essencialmente negativas das suas vivências.

O principio base desta terapia assenta na ideia de que as circunstâncias não perturbam as pessoas, as pessoas perturbam-se pela sua visão das circunstâncias. Assim, para alguém focado em pensamentos irracionais e que perdeu o emprego, por exemplo, essa situação torna-se terrível. O sujeito tende a focar-se no seu não valor por ter sido despedido, aumentando assim a probabilidade de deprimir, e acha que jamais arranjará outro emprego. O pensamento irracional é ilógico, extremo, prejudicial e demasiado auto destrutivo podendo, por isso, levar a problemas emocionais o que, por seu lado, abre as portas à doença.

Esta ideia de pensamento irracional sofreu a influência de Karen Horney e da sua tirania de deveres, isto é, a ideia de que algo deveria ser diferente do que é, só porque sim, numa repetição do pensamento mágico dos nossos antepassados. O conflito interno que surge no indivíduo quando tenta equilibrar esses pensamentos com a realidade é extremamente doloroso e não termina.

Como oposto a esta irracionalidade temos o pensamento racional que se focaliza na aceitação. Na vida, às vezes, acontecem coisas menos boas, das quais não gostamos e que nos prejudicam, mas que fazem apenas parte da vida não tendo o nosso ego envolvido. "As pessoas e as coisas não nos aborrecem, nós é que nos aborrecemos com as pessoas e as coisas ao acreditar que elas têm esse poder."

Na T.R.E.C. trabalha-se através do sistema ABCDE, onde:

A- acontecimento/ activador
B - crenças irracionais
C - consequências emocionais e de comportamento
D - debate
E - nova filosofia


Com o objetivo de mudar a baixa tolerância à frustração e promover a mudança emocional e comportamental profunda, adotam-se métodos cognitivos, comportamentais e emocionais que combatem a procrastinação e a indisciplina.

Com base num questionamento activo, o terapeuta tentará compreender o sistema de crenças do paciente para o alterar para um outro mais saudável e adaptativo, minimizando assim o desconforto emocional.

Se acham que esta é a terapia com a qual se identificam não deixem de procurar um profissional credenciado para o efeito.



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