6 de maio de 2014

Dia da mãe

Ontem, tal como a maioria das mães, (quero acreditar!) fui mimada pela prole com pequenas lembranças, abraços e beijinhos. Ser mãe de 3 tem sido uma alegria. Há muitas coisas boas e alegrias triplicadas e também algumas tristezas pelo meio. Nada de muito grave, diga-se, mas o suficiente para nos lembrar que nisto da maternidade nem tudo são rosas, principalmente quando eles crescem.

Sempre ouvi os meus pais dizerem que as chatices que as crianças dão não são nada quando comparadas com aquelas que os filhos, já adultos, dão. Essas sim, as verdadeiras preocupações, de proporções enormes quando comparadas com as febres e birras da infância.

E, conforme os anos vão passando, tenho de lhes dar razão. Com  dois filhos já na casa dos vinte as preocupações vão crescendo e as perguntas amontoam-se: serão eles capazes ou quererão acabar a faculdade? Irão meter-se em maus caminhos ou serão capazes de dizer não quando as tentações chegarem? Saberão defender-se à noite, na estrada, dizer não ao volante, depois de uma noite mais regada? Estarão preparados para distinguir os falsos dos verdadeiros amigos?  E para resistir à frustração? Terão resiliência? Conseguem arranjar um emprego? Integrar-se-ão bem no mercado laboral?  Casam ou não? Conseguem vencer neste meio competitivo? Dei-lhes boas armas? Eduquei-os de forma correcta? Dei-lhes boas bases...

As perguntas e ansiedades são muitas e as certezas nenhumas. Resta-me esperar que o "trabalho" que tive com eles tenha sido o suficiente e que tenha conseguido cultivar neles bons princípios e valores que lhes permitam ser felizes na vida porque no fundo acho que a nós pais, só isso interessa, que eles sejam felizes nas opções de vida que tomarem.

Como todas as mães, também eu tenho os melhores filhos do mundo. Deram-me tanto deste o momento que nasceram, cada qual à sua maneira e com eles sou mais completa, com eles cresci e aprendi. São os meus grandes amores na vida e são todos diferentes.

A M., única menina da trilogia, irmã mais velha, madura, responsável, solitária por opção, grande amiga e amparo nas horas menos boas, tem um feitio difícil, senhora do seu nariz, refilona e amuada, sabe sempre tudo (ou pensa que sabe!), é o meu suporte de sempre. Não confia no ser humano e, talvez por isso, adora animais.

O B., irmão do meio, é um cavalo bravo, cheio de emoção que não controla. Tem um grande coração, é  sensível, vive  rodeado de amigos e gosta de farra. É amigo de mimos e abraços,  impulsivo e explosivo, não domina as emoções mas não guarda rancor e depressa tudo lhe passa.

O M., caçula mimado, é sensível e inquieto, com grandes preocupações existenciais  na sabedoria dos seus 10 anos, é aquele que consegue rapidamente captar o meu estado de espirito e entrar em sintonia com ele, é empático como ninguém. Parece que nada o afecta, mas é um poço de emoções.

Sou feliz por ser vossa mãe, obrigada por existirem e me ensinarem todos os dias a ser melhor pessoa, mulher e mãe. Sem vocês a vida não faria tanto sentido nem teria  tanta cor. Adoro-vos.


6 comentários:

  1. Lindo :) gostei muito deste teu texto :) Obrigada pela partilha :)

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  2. :) lindo :) escrito do coração :) Obrigada pera partilha :)

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  3. Obrigada pela visita e pelos comentários Ana. Beijinhos

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  4. Magnífico! E como viste bem os teus filhos por dentro!... O retrato da M. faz-me lembrar alguém... Alguém por quem nutri sempre um grande afeto e admiração. :)
    Beijinhos.

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    1. Minha querida, que surpresa boa encontrar-te por aqui! Espero que me visites mais vezes e me brindes com palavras tão belas e generosas como estas. Sabes bem que o sentimento é reciproco.. também te adoro. Beijinhos

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